Capítulo 1.1 - Pré e pós-libertação

Libertação X Teshuvah

Pré e pós-libertação


A certeza de estar no caminho certo não tem preço. E a sensação de que "tem alguma coisa errada" ou "não pode ser só isso" de-sa-pa-re-ceu completamente. Não é tempo de reforma. É tempo de restauração, de retorno às raízes, ao original, é tempo de teshuvah.



Tenho observado que as pessoas dão muito valor ao momento de ministração de libertação, e parecem acreditar que só há libertação se alguém ora por elas, e pior ainda, tem gente que só acredita que foi liberto se houver "manifestação demoníaca", muito barulho e gritaria, e muito "efeito especial". Vê-se logo que quem acredita assim não entende nada sobre libertação e só conhece exorcismo e ministério do "sai-sai".

E libertação não é nada disso, libertação é confissão de pecados, simples assim. Libertação é um processo contínuo, quanto mais conhecemos a Verdade, mais somos livres. Muita gente pensa que é um ato único e diz que foi liberto, mas continua com pecados e não há muita mudança na sua vida.

Segundo Coty, a ministração de libertação em si representa apenas 10% do processo de libertação. Para mim o pré e pós-libertação são mais importantes que a própria ministração de libertação, e sem isso a pessoa pode não ter os resultados que esperava.

Mas infelizmente tenho encontrado pessoas que querem ser ministrados individualmente, mas não querem ouvir as palestras nos seminários de libertação, não querem fazer cursos e discipulado ou ler livros sobre o assunto. Querem uma solução micro-ondas, instantânea.

As palestras, cursos, livros etc são o pré-libertação. E para mim representam outros 40% do processo de libertação. Elas trazem a base bíblica para tudo o que é feito ali. Libertação é entendimento, é renovação de mente, e quem produz isso é o estudo da Palavra do Eterno.

E o pós-libertação representa os outros 50%. É quando começa o processo de santificação. E esse é o momento mais perigoso e mais difícil de todos, principalmente porque a pessoa não encontra apoio na igreja, na família, e falta discipulado de verdade para que a pessoa mantenha a libertação e tenha forças para abandonar seus pecados de estimação.

Acontece que esta geração está acostumada com fast food, micro-ondas, máquinas de refrigerante e café solúvel, e está assistindo a muitos filmes em que tudo acontece com um simples feitiço. Mas a vida espiritual não é assim, é “como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito”. Requer disciplina, treinamento, estudo, enfim, precisa de tempo e paciência.

É como uma terra que vai ser preparada para a semeadura. Primeiro retira-se o mato, as ervas daninhas, retira-se a plantação velha, e depois tem que preparar a terra, plantar e só então terá a nova colheita de frutos bons. E isso leva tempo. Assim é a vida após a libertação. A plantação velha foi retirada e o terreno, enfim, está pronto para ser tratado e ganhar novas sementes. Por isso o fruto novo pode levar tempo para ser evidenciado na nossa vida.

Então o lema deve ser: um dia de cada vez, "basta a cada dia o seu mal".