Capítulo 9.3 - O que aprendi na provação

Oração e provação


O que aprendi na provação 



Como diz o Coty, para ser aprovado é preciso fazer a prova.

Quando escrevi Síndrome de ser como Jó, não fazia ideia de que passaria por uma prova em tão pouco tempo. Como disse no texto, entendo que precisamos buscar a causa dos problemas e das enfermidades. E foi o que eu fiz. A primeira coisa que sempre faço quando acontece algo ruim é perguntar ao Pai onde foi que eu errei, qual foi meu pecado. E agora não foi diferente. Quando a tempestade chegou, não um problema de saúde, mas um problema de perseguição cruel, busquei, perguntei ao Pai, esperei, confessei o que fiz, e até o que nem sei se fiz. E agora tenho a resposta de que era mesmo provação. E aprendi algumas lições com isso.

Aprendi que a prova vem como um furacão, de repente, em um segundo a vida vira de cabeça para baixo.

Aprendi que muitos amigos nos abandonam, desaparecem. Isso dói, mas no fim sabemos em quem podemos confiar. Muitas máscaras caem no processo da prova.

Aprendi que no deserto a insatisfação tem que ser completa, total. Por isso temos privações de conforto, recursos e pessoas. Se a insatisfação não for completa, não aprendemos tudo que precisamos, porque desviamos a atenção. Deserto é um campo de concentração.

Aprendi que precisamos ouvir a voz do Pai e ignorar as outras vozes, mesmo que as pessoas estejam dizendo tudo ao contrário daquilo que estamos ouvindo do Eterno, é nele que devemos acreditar e devemos ignorar todas as outras vozes.

E aprendi que a prova um dia acaba. Problema que dura 20 anos, com certeza é pecado não-confessado ou herança de maldição. Não existe prova de 15, 20 anos. Como diz a Bíblia, a gente passa pela prova. Pronto, passou!

Agora só nos resta esperar a nota. Será que tirei 10? Espero que tenha sido pelo menos acima de 8,0. Não quero repetir a prova, de jeito nenhum.

“Na terra de Uz vivia um homem chamado Jó. Era homem íntegro e justo; temia a Deus e evitava fazer o mal. De madrugada ele oferecia um holocausto em favor de cada um deles, pois pensava: ‘Talvez os meus filhos tenham, lá no íntimo, pecado e amaldiçoado ao Eterno’. Essa era a prática constante de Jó.”
“Jó levantou-se, rasgou o manto e rapou a cabeça. Então prostrou-se, rosto em terra, em adoração, e disse: ‘Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Eterno o deu, o Eterno o levou; louvado seja o nome do Altíssimo ". Em tudo isso Jó não pecou e não culpou ao Eterno de coisa alguma.”
"Por isso não me calo; na aflição do meu espírito desabafarei, na amargura da minha alma farei as minhas queixas. A verdade é que zombadores me rodeiam, e tenho que ficar olhando a sua hostilidade.”
“Depois que Jó orou por seus amigos, o Eterno o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes.” 
(Trechos do livro de Jó)