Sobre o livro

Sobre escrever outro livro



P.S.: O livro está pronto e está todo publicado aqui em forma de livro, ou seja, em ordem de sequência dos capítulos. Não está em forma de blog (quando os textos são apresentados em ordem inversa). E textos novos não entram nos capítulos, são colocados no final do livro, e vão sendo listados em Apêndices, no menu à esquerda.

Muitos me perguntam e alguns até me cobram um segundo livro. Vontade não faltava, mas tenho algumas questões sobre isso e gostaria de compartilhar com vocês.

A continuação de Libertação é confissão de pecados estava praticamente pronta quando descobri que libertação foi o início de teshuvah e minhas convicções começaram a passar por uma mudança radical. E depois veio a desconstrução, a leitura de Cristianismo pagão, e nossa saída do sistema religioso. Muitas mudanças e muita coisa nova para aprender. O problema é que desconstruir é até fácil, dói e incomoda, mas é um remédio que traz cura. Só que construir o novo é muito, muito, muito difícil.

Mas ainda não tenho coragem de publicar livros. Por enquanto prefiro escrever nos blogs. Porque primeiro surgem muitas dúvidas e incertezas. Depois tenho um temor enorme de publicar algo errado. Não tenho coragem de escrever sem ter certeza absoluta. Não quero escrever e depois ter que corrigir, até porque depois que o livro é publicado, fica muito difícil fazer isso, praticamente impossível. Como tem acontecido com o primeiro livro, não tenho como ir a todas as pessoas que leram e corrigir algumas coisas que escrevi e que hoje já não acredito mais. E não quero que isso aconteça de novo. E também já tinha ideias para pelo menos mais dois livros, mas ainda não é o tempo.

Até que Libertação é confissão de pecados tem poucas coisas para consertar, ainda bem. Continuo crendo em libertação, porém existe algo mais, que é a teshuvah. E vou falar dessas mudanças neste livro.

Então, é isso, um dia, se o Eterno direcionar e confirmar, publicarei outros livros, mas por enquanto esses projetos estão em stand by. E enquanto isso não acontece, decidi publicar um blog-livro, com uma coletânea de textos do meu blog. E gostei muito da experiência, um livro em que posso publicar vídeos, amei, rsrs. Quem acompanha meu blog já deve ter lido esses textos, mas aqui estão em ordem de assunto e organizados como um livro e há algumas coisas novas também e pequenas atualizações em alguns textos.

Então, se você está satisfeito com sua religião, com seu grupo religioso, ótimo, este livro não é para você. Mas respeite os insatisfeitos, porque a dor deles é muito grande e você não faz ideia de como é isso. Já que você não fez o dever de casa* (leia abaixo) e não está disposto a se colocar no lugar do outro, tenha pelo menos dignidade de se calar. E só pode julgar quem conhece os dois lados.

Boa leitura.


Um esclarecimento importante 

Outro dia fui acordada de “madrugada”, sábado 8h00, por alguém que, – com muita educação e pouca sabedoria, porque não investigou antes de acreditar na fofoca –, me questionava se eu havia escrito um texto no blog em que TODOS os leitores poderiam identificar uma pessoa que me prejudicou.

Gostaria de esclarecer que isso nunca aconteceu. Procuro sempre ter cuidado de não citar nomes ou situações que possam identificar qualquer pessoa para que fique apenas o exemplo da situação e não seja um estudo de caso específico.

Se alguém se identificar com algum texto, pode ter certeza de que só essa pessoa pode pensar que é sobre ela que falei, mas os demais leitores não saberão de quem se trata.

Então, fica o esclarecimento de que tudo não passou de fofoca, que não fiz isso e nem faria. E desde então tenho tido mais cuidado ainda.

É claro que falo dos meus sentimentos, das minhas histórias, e cito situações que me fizeram bem ou mal, por isso pessoas estão envolvidas nessas histórias, mas não estou aqui para usar o blog para atingir esta ou aquela pessoa. Uso exemplos apenas como forma didática para passar uma mensagem que pode ajudar outras pessoas que estão vivendo a mesma situação que vivi, apenas isso.

* Dever de casa: antes de criticar, responda:
Quantos sem-religião você entrevistou, ouviu com o coração aberto, entendeu seus questionamentos?
De quantas reuniões de grupos diferentes dos sem-religião você participou?
Quantos livros e artigos sobre o assunto você leu?
Quantas palestras sobre o assunto você ouviu?